04 de Setembro de 2020
Querido diário,
hoje pensava, como apesar dos sobressaltos ( no fundo mínimos), eu não estava a dar o devido valor ao que estava a acontecer em mim e na minha vida.
Com patologias associadas e uma vida sempre muito negativa (numa especial destrutiva). Consegui chegar ao equilíbrio. Ponto de comer um gelado sem culpa. Um gelado cheio de chantilly, numa Lisboa ainda linda na sua noite. Como aceitei o meu corpo, ou vou aceitando (finalmente) como veículo de interligação com o Universo. Como é divido e precioso. Como em dois meses culminou uma luta de mais de 15 anos. Por vezes precisamos de um empurrão do destino para a frente.
Agora trabalho, namoro, sou filha, irmã, amiga, namorada. Sou eu para mim. EU para mim. Como já disse beijo de língua. Abraço de arco. Rio até chorar e choro até rir. Rezo, porque o poder da gratidão para mim é dos maiores.
Descanso em jardins e aproveito o Verão que está de despedida mas como tudo é cíclico, um dia voltará. Mas ainda cá está! Vive o momento querida! Não é assim meu diário?
Hoje rezei. Acho que não me dirigia a Deus á muito. Agradeço. As palavras feias que me dirigem e me fazem ser maior, as frases bonitas que enchem o meu peito de flores e as pessoas, as pessoas porque sem pessoas não somos nada. A caminhada não se faz sozinho, querido diário. A caminhada é um percurso lado a lado com outros! Num percurso encantador. Porque a dose de dor que a vida causa meu querido, é na mesma medida do prazer. Sei-o!
M