12 de Outubro de 2020
Querido diário,
e quando tens certezas... Elas são abaladas. O destino dá-te um abanão. Na sexta não comecei a trabalhar por razões que pouco importam. Mas o que importa é que não foi o medo e que as oportunidades de trabalho estão aí.
Estou com mais tempo, pois estou à espera de respostas, então tenho mil ideias de mil tempestades e bonanças. Riso. Como sou de ondas!
O Paulo acompanha tudo com fé e serenidade. A paz que encontrei nele e que ainda me é difícil encontrar em mim. Mas cá tento, da minha forma.
Amanhã tenho intenções de ir à missa. Não vou pedir. Vou agradecer. Pelo Paulo, pela minha irmã, pela Sofia, pela D. Fátima, pelos meus pais, pelo sol, por tudo. Por tudo o que me incendeia e ainda me faz vibrar. Não quero voltar à dor. À depressão.
Ainda existe festa dentro de mim, querido diário.
Tenho pensado muito na Dra Marta. Fantástica terapeuta. Mas eu acho que isto acontece com todas as minhas relações, seja qual o tipo for, apego-me e depois sinto-me triste quando percebo que a relação não é recíproca. Nunca mais soube dela. Não podemos ser amigas. Ou ela seguir o meu blog. Sinto que nunca acreditou verdadeiramente em mim. Não desceu aos meus demónios comigo, como dizia. É excelente. Não lhe tiro o mérito de me ter salvo. Só não ficou como pensei que ficaria. Seria justo também para ela? Acharia ela que era a altura de nos separarmos terapeuticamente? Nunca saberei.
Boa noite
M