24 de Setembro de 2020
Querido diário,
há momentos em que queremos desesperadamente fugir. Não é preciso ter uma patologia psicológica e só necessário ser humano! Esta semana quis tantas vezes faze-lo. Existem coisas que saem do meu controlo e isso causa-me mau estar.
Na verdade não controlamos nada. Ou quase nada. E esta em questão deixa-me louca. Chego a casa todas as noites queixando-me e esqueço-me como o dia é bom. Como agora a minha vida é deliciosa. Como partilha-la com o Paulo é mágico! Estou genuinamente feliz. Estou naturalmente envolvida no nosso projecto de "adultos".
Não quero voltar à criança. Quero crescer. Quero fazer diferente. Quero ser feliz comigo. Quero ser feliz com ele.
Outra bênção: a mãe dele! Podes não acreditar diário. Mas ela está a tornar-se uma grande amiga. Já temos programas nossos e conversas intimas. Ela ajuda-me em tudo e apoia-me incondicionalmente como uma filha. E sinto-me genuínamente em casa.
Apesar de essa casa estar onde o Paulo está. Esse tecto, essas paredes, esse chão está onde bater o seu coração e onde as nossas mãos forem juntas.
Vou descansar. E pensar que a próxima semana será melhor. Porque é sempre para melhor, não é?
M