há momentos em que queremos desesperadamente fugir. Não é preciso ter uma patologia psicológica e só necessário ser humano! Esta semana quis tantas vezes faze-lo. Existem coisas que saem do meu controlo e isso causa-me mau estar.
Na verdade não controlamos nada. Ou quase nada. E esta em questão deixa-me louca. Chego a casa todas as noites queixando-me e esqueço-me como o dia é bom. Como agora a minha vida é deliciosa. Como partilha-la com o Paulo é mágico! Estou genuinamente feliz. Estou naturalmente envolvida no nosso projecto de "adultos".
Não quero voltar à criança. Quero crescer. Quero fazer diferente. Quero ser feliz comigo. Quero ser feliz com ele.
Outra bênção: a mãe dele! Podes não acreditar diário. Mas ela está a tornar-se uma grande amiga. Já temos programas nossos e conversas intimas. Ela ajuda-me em tudo e apoia-me incondicionalmente como uma filha. Esinto-me genuínamente em casa.
Apesar de essa casa estar onde o Paulo está. Esse tecto, essas paredes, esse chão está onde bater o seu coração e onde as nossas mãos forem juntas.
Vou descansar. E pensar que a próxima semana será melhor. Porque é sempre para melhor, não é?
isto de ser “o diário de uma mulher feliz” engloba também estes dias. Dias em que o sol brilha lá fora, aquece-nos e quase nos derrete mas por dentro está um nadinha desarrumado.
Estar desarrumado não significa que não seja feliz, estar um pouco desorganizado diz-me que já esteve organizado e por um espaço pequeno de tempo eu o arrumarei.
Ser feliz dá trabalho. Aliás, na minha opinião dá mais trabalho que ser triste. Eu já fui integralmente triste, já atravessei poços escuros de depressões (acho que me dá o direito de falar).
Estar deitada a chorar desgasta mas estar de pé, roupa engomada e olhar para a frente custa tão mais quando o coração quer voltar para aquela horizontalidade.
Ter a percepção destes dois mundos que vivem dentro de mim é um domínio imenso é incrível que adquiri á pouco tempo. Saber que estar triste não é o estado em que vou ficar , mas uma transição, alenta-me.
Hoje não estou triste, estou ansiosa. O calor, situações familiares e uma noite mal dormida. Um cocktail para umas horas mais complicadas. Como sempre recorri á meditação para acalmar o peito e obviamente, que ajuda. O Paulo também é um querido e a minha “Rocha”. Ouve-me, melhor, escuta-me. Estas semanas que estamos a passar juntos têm sido, como já verbalizei, muito importantes para o nosso crescimento enquanto casal. Enquanto equipa, como brincamos por vezes. Ele é lindo. E um dos alicerces!
hoje acordei cansada. Ando preocupada com isso. O meu trabalho não é propriamente exaustivo. Li sobre cansaço crónico e terei que falar com os meus terapeutas sobre isso.
Faço qualquer movimento ou tenho qualquer emoção e fico exausta fisicamente. Começam a doer-me os braços, o corpo e acabo deprimida por estar assim e ficar frustrada.
Quanto a nova casa, não é possível. Não tem qualquer transporte para Lisboa e não posso ficar dependente das boleias do Paulo. Tomamos a decisão de parar um pouco. Estamos cansados da procura. Vamos abrandar, esperar uns tempos. Este ano não tenho férias, vamos em Setembro, o único fim de semana que consegui tirar, passar a algum sítio para recarregar energias. Vamos hoje decidir onde. Darei notícias ;)
Para a semana fico sozinha em casa, vou passar a semana a Lisboa a casa dele. Vai ser bom para nos conhecermos ainda melhor. Como já disse estamos apaixonados, muito apaixonados. Mas ainda temos muito para conhecer. Vamos aproveitar a cidade e o que ela tem para nos oferecer, ao mesmo tempo que estamos a trabalhar e a viver a nossa individualidade. Tenho a certeza que vai ser óptimo.
Sabem aquela sensação de parecer que já nos conhecemos à uma vida? É partilhada pelos dois. E isso já não tem a ver com a paixão, mas com a minha crença em outras vidas. Sinto que já o conheço de outros "festivais". E é tão casa.