14 de Dezembro de 2020
Querido diário,
quase à dois meses que não te escrevo. Admito que vivi num corrupio que o consegui arranjar tempo para mim. E só esta madrugada que antecede algo que me assusta e me tira o sono, ironicamente, encontrei tempo para te escrever. Para um café á porta de casa sozinha, para compor algumas mensagens para amigos, para ouvir música e um podcast.
A saúde é o nosso maior, ou dos maiores privilégios que temos na vida. Ela pode condicionar tudo. Aliás este ano de 2020 é isso mesmo, a figuração de como uma doença muda o mundo. E não, não estou (por agora) infectada com covid mas já há muito tempo que fisicamente não me sentia bem e ganhei coragem para ir ao médico. Chegaram os resultados das analises e apesar de leiga na matéria, os valores comparativos de alguns "itens" PARECEM-ME maus. Pus tudo em causa. Agora que tudo estava a alinhar-se. Que o trabalho que pedi ao Universo estava á porta mas que sem saúde será complicado de concretizar.
Mas como disse, parecem, pode não ser nada. Só amanhã, se conseguir consulta é que saberei.
No meio de todas estas confusões consegui ter quase duas semanas de férias numa aldeia desértica perto de Viseu. Só nós, a lareira, o rio e as caminhadas. Foi revigorante. Vimos a neve cair pela primeira vez. Tivemos longas conversas á lareira e longos silêncios reconfortantes. É declaradamente o homem da minha vida. <3
Saímos de lá ainda mais coesos. Vou deixar aqui algumas fotografias.
Estarei mais por aqui. (Perdoa-me)
M